O Conselho de Administração do FMI conclui a Primeira Revisão do acordo de Facilidade de Crédito Alargado a favor da Guiné-Bissau e aprova o desembolso de 3,2 milhões de dólares
10 de maio de 2023
- Esta decisão do Conselho de Administração do FMI permite o desembolso imediato de 2,37 milhões de DSE (aproximadamente 3,2 milhões de dólares) para a Guiné-Bissau para ajudar a atender às necessidades de financiamento do país.
- O crescimento é estimado em 3,5% em 2022 e é esperado que melhore para 4,5% em 2023.
- O desempenho tem sido forte durante a fase inicial do programa. As autoridades continuam empenhadas em medidas de política sólidas e reformas estruturais, incluindo na gestão e governação orçamentais.
Washington, DC - Em 10 Maio de 2023, Conselho de Administração do Fundo Monetário Internacional (FMI) concluiu a primeira revisão do desempenho da Guiné-Bissau no âmbito do acordo de Facilidade de Crédito Alargado (Extended Credit Facility, ECF) com duração de trinta e seis meses. O acordo ECF, com acesso total de DSE 28,4 milhões (cerca de US$ 38,4 milhões no momento da aprovação, ou 100% da cota), foi aprovada pelo Conselho de Administração do FMI em 30 de janeiro de 2023. A conclusão da primeira revisão permite o desembolso imediato de 2,37 milhões de DSE (aproximadamente 3,2 milhões de dólares), para ajudar a atender às necessidades de financiamento fiscal e de balanço de pagamentos do país e apoiar a recuperação em curso. Isso eleva os desembolsos totais sob o acordo para DSE 4,74 milhões (cerca de US$ 6,4 milhões). A decisão da Diretoria Executiva foi tomada por decurso de prazo. [1]
O crescimento do PIB em 2022 é estimado em 3,5%, enquanto a inflação média aumentou para 7,9% em 2022. O crescimento foi afetado negativamente por menores exportações de caju e choques externos adversos, mas suportado por maior produção agrícola, projetos de infraestrutura e relativa estabilidade política. O aumento dos preços das matérias primas aumentou as pressões inflacionárias.
O desempenho do programa foi satisfatório. Com uma única exceção, foram alcançados todos os critérios quantitativos de desempenho para o final de Janeiro de 2023 e concluídas todas as medidas estruturais para o final de Março de 2023 da segunda revisão. Isso reflete a capacidade das autoridades de manter a estabilidade macroeconômica em um ambiente externo muito difícil com as repercussões da guerra na Ucrânia e condições financeiras globais mais restritivas, inclusive no mercado de capitais regional da UEMOA. O desempenho do programa deve melhorar a confiança do setor privado e dos doadores e catalisar ainda mais o tão necessário financiamento concessional.
No futuro, é fundamental garantir a continuação de políticas sólidas para manter o bom desempenho do programa. Isto implica uma consolidação orçamental credível que assegure a sustentabilidade da dívida a médio prazo. A agenda estrutural foi concebida para fortalecer a governação e o reforço da eficiência do quadro de combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo, melhorar a gestão dos recursos fiscais e do investimento público, aumentar a transparência, a prestação de contas, assim como combater a corrupção. As prioridades são o fortalecimento da administração e arrecadação de receitas, inclusive por meio da implementação da nova lei do IVA, e uma gestão mais eficiente da massa salarial apoiada por um novo censo de funcionários do setor público e a implementação de uma solução blockchain apoiada pelo FMI. É fundamental perseverar na ambiciosa agenda de reformas estruturais, especialmente no contexto das próximas eleições parlamentares, para colher plenamente o efeito catalisador do acordo ECF.
[1] O Conselho de Administração toma decisões pelo procedimento de decurso de prazo quando é acordado pelo Conselho que uma proposta pode ser considerada sem convocar discussões formais.
Guiné-Bissau: indicadores económicos e financeiros selecionados, 2020–28 |
|||||||||
(Annual percent change, unless otherwise indicated; * Est.; ** Proj.) |
|||||||||
2020 | 2021 | 2022* | 2023** | 2024** | 2025** | 2026** | 2027** | 2028** | |
National accounts and prices |
|||||||||
Real GDP at market prices |
1.5 |
6.4 |
3.5 |
4.5 |
5.0 |
5.0 |
5.0 |
5.0 |
4.5 |
Real GDP per capita |
-0.7 |
4.1 |
1.2 |
2.3 |
2.8 |
2.9 |
2.9 |
2.9 |
2.4 |
GDP deflator |
-1.0 |
2.7 |
7.3 |
5.6 |
3.1 |
2.8 |
2.8 |
2.8 |
2.8 |
Consumer price index (annual average) |
1.5 |
3.3 |
7.9 |
5.5 |
3.0 |
2.0 |
2.0 |
2.0 |
2.0 |
External sector |
|||||||||
Exports, f.o.b. (CFA francs) |
|||||||||
Imports, f.o.b. (CFA francs) |
-15.6 |
35.1 |
-14.3 |
26.8 |
11.7 |
4.5 |
4.6 |
4.7 |
5.4 |
Export volume |
-9.9 |
9.7 |
22.2 |
8.5 |
2.3 |
5.7 |
4.7 |
5.4 |
6.1 |
Import volume |
-3.9 |
-6.5 |
-10.1 |
-2.6 |
8.8 |
2.7 |
2.1 |
1.9 |
1.6 |
Terms of trade (deterioration = -) |
2.0 |
1.5 |
-1.0 |
… |
… |
… |
… |
… |
… |
Real effective exchange rate (depreciation = -) |
574.8 |
554.2 |
622.4 |
… |
… |
… |
… |
… |
… |
Exchange rate (CFAF per US$; average) |
|||||||||
Government finances |
|||||||||
Revenue excluding grants |
-5.5 |
22.7 |
3.4 |
15.4 |
13.0 |
9.8 |
10.2 |
10.0 |
8.5 |
Domestic revenue (excluding grants and one-offs) |
33.8 |
8.9 |
-6.0 |
5.0 |
7.3 |
7.9 |
7.7 |
9.8 |
8.2 |
Expenditure |
14.5 |
3.5 |
7.9 |
-5.8 |
4.7 |
6.8 |
8.0 |
8.2 |
6.6 |
Current expenditure |
96.7 |
19.3 |
-28.8 |
31.9 |
11.9 |
9.7 |
7.1 |
12.6 |
10.6 |
Capital expenditure |
|||||||||
Money and credit |
|||||||||
Domestic credit |
-1.7 |
18.5 |
24.2 |
8.2 |
10.8 |
9.5 |
6.3 |
5.9 |
5.9 |
Credit to the government (net) |
-19.7 |
53.4 |
25.5 |
4.8 |
4.1 |
2.4 |
-6.2 |
-7.0 |
-6.2 |
Credit to the economy |
5.9 |
7.3 |
23.7 |
9.8 |
13.8 |
12.4 |
11.0 |
10.0 |
9.0 |
Net domestic assets |
-13.8 |
21.0 |
47.2 |
10.4 |
13.4 |
11.5 |
7.5 |
6.9 |
6.8 |
Broad money (M2) |
9.1 |
21.2 |
2.9 |
5.8 |
7.1 |
6.4 |
5.7 |
6.1 |
6.1 |
(Percent of GDP, unless otherwise indicated) |
|||||||||
Investments and savings |
|||||||||
Gross investment |
17.5 |
18.3 |
18.0 |
17.5 |
19.6 |
20.4 |
21.1 |
22.1 |
23.2 |
Of which: government investment |
5.8 |
6.4 |
4.1 |
4.9 |
5.1 |
5.1 |
5.1 |
5.3 |
5.5 |
Gross domestic savings |
3.3 |
7.6 |
1.1 |
3.3 |
7.5 |
8.5 |
9.6 |
10.8 |
12.0 |
Of which: government savings |
-7.6 |
-5.5 |
-4.5 |
-2.4 |
-1.5 |
-1.2 |
-1.2 |
-1.1 |
-1.0 |
Gross national savings |
15.0 |
17.5 |
9.1 |
11.2 |
15.2 |
16.2 |
17.0 |
18.1 |
19.2 |
Government finances |
|||||||||
Revenue excluding grants |
11.4 |
12.8 |
11.9 |
12.5 |
13.0 |
13.2 |
13.5 |
13.8 |
13.9 |
Domestic primary expenditure |
16.0 |
14.7 |
15.1 |
12.7 |
12.5 |
12.6 |
12.9 |
13.1 |
13.3 |
Domestic primary balance |
-4.6 |
-1.9 |
-3.2 |
-0.2 |
0.5 |
0.6 |
0.7 |
0.7 |
0.7 |
Overall balance (commitment basis) |
|||||||||
Including grants |
-9.6 |
-5.9 |
-5.8 |
-3.8 |
-3.2 |
-3.0 |
-3.0 |
-3.0 |
-3.0 |
Excluding grants |
-13.6 |
-12.2 |
-9.2 |
-7.6 |
-6.9 |
-6.7 |
-6.4 |
-6.4 |
-6.4 |
External current account |
-2.6 |
-0.8 |
-8.9 |
-6.3 |
-4.4 |
-4.2 |
-4.1 |
-4.0 |
-4.0 |
Excluding official current transfers |
-5.7 |
-3.4 |
-10.8 |
-8.7 |
-6.8 |
-6.6 |
-6.2 |
-6.1 |
-6.0 |
Stock of public and publicly guaranteed debt 1 |
77.7 |
78.8 |
80.5 |
76.4 |
73.9 |
71.6 |
69.4 |
67.5 |
66.2 |
Of which: external debt |
41.1 |
40.3 |
39.0 |
35.6 |
33.7 |
32.2 |
30.1 |
28.3 |
26.9 |
Memorandum items: |
|||||||||
Nominal GDP at market prices (CFAF billions) |
875.2 |
956.3 |
1062.0 |
1172.0 |
1268.7 |
1369.5 |
1478.2 |
1595.6 |
1714.1 |
WAEMU gross official reserves (billions of US$) |
21.8 |
24.5 |
25.2 |
… |
… |
… |
… |
… |
… |
(percent of broad money) |
33.2 |
30.2 |
30.6 |
||||||
Fonte: Autoridades de Guiné-Bissau; and estimativas e projeções do FMI. |
|||||||||
1 Cobertura expandida para incluir os atrasados do legado. |
Departamento de Comunicação do FMI
RELAÇÕES COM A MÍDIA
ASSESSORA DE IMPRENSA: Pavis Devahasadin
TELEFONE: +1 202 623-7100Email: MEDIA@IMF.org