Declaração da Diretora-Geral do FMI, Christine Lagarde, na Conclusão da sua Visita a Angola

22 de dezembro de 2018

Christine Lagarde, Diretora-Geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), emitiu, hoje em Luanda, a seguinte declaração na conclusão da sua visita a Angola:

“Desejo agradecer ao Presidente João Lourenço, ao Ministro de Estado do Desenvolvimento Económico e Social Manuel Nunes Júnior, ao Ministro das Finanças Archer Mangueira, ao Governador José Massano e a outros altos quadros do executivo pelo nosso produtivo intercâmbio de opiniões e pela sua calorosa hospitalidade durante a minha visita a Luanda. Gostaria igualmente de expressar a minha gratidão a todos os intervenientes com quem me reuni, incluindo as líderes mulheres.

“Angola percorreu um longo caminho desde o final da guerra civil há 16 anos. Os recursos do petróleo permitiram ao país reconstruir infraestruturas críticas e realizar progressos na redução da pobreza. Contudo, ainda muito permanece por fazer para reduzir a dependência da economia do petróleo, a sua vulnerabilidade às flutuações dos preços do petróleo para que estejam disponíveis recursos suficientes para melhorar os padrões de vida de todos angolanos.

“O Programa de Estabilização Macroeconómica e o Plano de Desenvolvimento Nacional do Governo para 2018-22 estão acertadamente orientados para a consolidação orçamental favorável ao crescimento, uma maior flexibilidade cambial e as reformas estruturais para aumentar a produtividade. Nesto contexto, saúdo o Governo pelos seus esforços determinados para reduzir o grande défice orçamental e o Banco Nacional de Angola pela transição ordenada para um regime de câmbio mais flexível. Os progressos na mobilização de receitas internas também serão importantes para ajudar a manter o endividamento público numa trajetória sustentável.

“A diversificação económica em outros sectores além do petrolífero, é fundamental para o sucesso da estratégia de desenvolvimento do Governo. As principais reformas nesta área incluem a melhoria do clima de negócios, o fomento da concorrência nos mercados internos, a repressão dos monopólios e o estabelecimento de condições equitativas para o investimento direto estrangeiro. Tão importante é também o desenvolvimento de uma rede de segurança social para proteger os mais vulneráveis e gerar igualdade de oportunidades para toda sociedade angolana.

“Eu apoio plenamente a orientação do Governo no sentido da melhoria da governação e de combate à corrupção, reforçando os mecanismos de controlo e abordando a impunidade e o nepotismo. Estou especialmente satisfeita que no âmbito do programa recentemente aprovado e apoiado pelo FMI, o Governo estar empenhado em melhorar as questões do género e garantir que as políticas económicas contribuam mais para beneficiar as mulheres.

“De facto, o programa, no montante de USD 3,7 mil milhões, visa apoiar a implementação das políticas das autoridades, disponibilizando recursos substanciais e aconselhamento em matéria de políticas associado à assistência técnica. Com este programa, as autoridades pretendem retomar o crescimento económico sustentável, e melhorar as condições sociais dee todos Angolanos.

“Gostaria de reiterar o forte apoio do FMI a Angola e aguardo com expectativa a continuação da nossa parceria produtiva.”

“Finalmente, gostaria de agradecer ao povo angolano pela sua generosa hospitalidade e por acolherem-me no seu belo país.”

Departamento de Comunicação do FMI
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